Valdomiro Santiago, líder da instituição religiosa Igreja Mundial do Poder de Deus, fez uma visita ao presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PSL) nesta última sexta-feira, no dia 12 de julho, onde se encontraram no Palácio do Planalto. No meio do encontro, o mandatário fez uma live nas suas redes sociais e disse acerca da perseguição religiosa aos cristãos que vivem nos países muçulmanos e ainda defendeu a liberdade religiosa brasileira.
Santiago, que se intitulou por si próprio apóstolo, foi acompanhado de José Olímpio, deputado federal eleito pelo DEM, em São Paulo. O pastor ainda presenteou Bolsonaro com um chapéu de vaqueiro, falando sobre seu desejo de assistir ao “crescimento” do Brasil na sua capacidade máxima e do potencial que há em crescer durante este atual governo.
Numa outra parte, Bolsonaro falou sobre o posicionamento da imprensa com relação à sua gestão e disse que faz uma “leitura dinâmica” dos jornais, a fim de evitar ficar de mau-humor, chegando a citar uma manchete do jornal O Globo, por exemplo.
“Pra vocês verem como a mídia leva para um lado ou para outro, conduz como é que eles querem que o povo pense […]. Olha a manchete aqui. Poderia inverter a matéria, não é? ‘Islâmicos votam com o Brasil, ou com Bolsonaro, nas questões sexuais’, disse, dando a sugestão de que aconteceu uma tentativa de gerar polêmica, uma vez que a cultura dos islâmicos é grandemente mais restritiva a este assunto.
Logo depois, o presidente levantou algumas questões ligadas à liberdade religiosa e fez críticas ao tratamento que é dado às mulheres nesses países islâmicos, contudo, considerou que existe um ponto de ligação com muçulmanos no tocante ao tema “sexo”.
“Eles têm sua religião lá, tá certo? Eu aceito qualquer religião aqui desde que no país deles aceitem a nossa também. Esse negócio de exterminar cristão por aí não conta com nosso apoio, obviamente. Agora, quando fala de ideologia de gênero, o pessoal dessa religião pensa da mesma maneira que nós”, afirmou Bolsonaro.
Dando ênfase que o ponto de ligação envolve “a questão de ideologia de gênero”, o presidente ainda levou em conta o respeito pelas mulheres: “A mulher, nós sabemos que em alguns países do norte da África [com maioria de muçulmanos] é um ser que está ali para proporcionar prazer para o homem e não tem direito nenhum”, declarou, efetuando uma diferença de pensamento com a cultura do islã.
