Profecia de Missionária se Concretiza com Catástrofes no Rio Grande do Sul

Pregadora evangélica alertou para "dias difíceis e escuros" no estado gaúcho meses antes

As palavras proféticas da missionária Cristina Maranhão, que alertavam para “dias difíceis e escuros” no Rio Grande do Sul em maio e junho, se tornaram uma realidade assombrosa. O estado enfrenta atualmente uma das maiores tragédias climáticas de sua história, com enchentes catastróficas que já deixaram um rastro de destruição e dezenas de mortos.

As chuvas torrenciais que castigam o território gaúcho desde o final de abril corroboram os prenúncios sombrios feitos pela líder religiosa. “Entre maio e junho vamos ter dias difíceis em 2024. Vamos ter dias escuros e nublados”, profetizou Maranhão em um vídeo que circulou nas redes sociais.

Seus temores se materializaram de forma trágica, com diversos municípios do estado sendo arrasados por enxurradas e inundações sem precedentes. Até o momento, os temporais deixaram ao menos 55 vítimas fatais confirmadas e outras sete mortes em investigação, segundo a Defesa Civil. Esse número supera inclusive a última grande tragédia climática no RS, ocorrida em setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam a vida.

 “A colheita de Deus no Rio Grande do Sul vai ser muito grande. A colheita vai ser grande, Deus vai colher muitos para o fruto não se perder.”

A frase enigmática da pastora, que fala em uma “grande colheita”, encontra eco nas cenas de famílias desabrigadas, cidades submersas e vidas ceifadas pelas águas revoltas dos rios gaúchos transbordados.

Com 317 dos 496 municípios do RS atingidos, 82,5 mil pessoas desalojadas e 107 feridos, a catástrofe se anuncia como “o maior desastre da história do estado”, nas palavras do governador Eduardo Leite. Ele chegou a pedir a evacuação de áreas de risco, alertando que “é preciso que todos se coloquem em segurança”.

Diante da dimensão da tragédia, que já mobiliza uma operação de resgate com mais de 2 mil militares, fica a inquietante sensação de que os “dias escuros” vaticinados pela pastora Cristina Maranhão apenas começaram a se abater sobre os gaúchos.

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