
Gracyanne Barbosa, influenciadora fitness e ex-participante do Big Brother Brasil, foi batizada na madrugada de 17 de junho de 2025 em um evento conduzido pelo coach e empresário Pablo Marçal. O batismo, realizado durante o “Método IP”, um congresso que mistura ensinamentos bíblicos, palestras motivacionais e discursos sobre prosperidade, gerou controvérsias sobre a mercantilização da fé e a exposição da intimidade nas redes sociais.
O evento, que custava cerca de R$ 20 mil por pessoa, foi criticado por muitos, que acusaram Pablo Marçal de mercantilizar a fé. Além disso, a autoridade de Marçal para realizar o batismo também foi questionada, pois ele não possui título religioso reconhecido oficialmente.
A participação de Gracyanne Barbosa no evento também gerou controvérsias, especialmente após ela ter assumido publicamente ter traído seu ex-marido, o cantor Belo, durante o relacionamento de 16 anos. Muitos internautas questionaram se o batismo simboliza uma verdadeira mudança de vida ou apenas uma ação midiática.
“Eu estou buscando proximidade com Deus e não estou reduzindo minha conversão a polêmicas ou julgamentos externos”, disse Gracyanne Barbosa em uma declaração. “Minha conversão é uma busca pessoal e não deve ser julgada por ninguém”.
O caso gerou debate sobre os limites entre fé, privacidade e espetáculo nas redes sociais. Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, criticou o vazamento de imagens de Gracyanne no altar de sua igreja, condenando o que chamou de “tietagem” e exposição da intimidade em busca de likes e seguidores.
O caso de Gracyanne Barbosa escancara os dilemas de uma era em que fé, mercado e mídia se misturam de forma cada vez mais intrincada. De um lado, há quem veja sua busca espiritual como legítima e defenda seu direito de compartilhar essa jornada. De outro crescem as críticas à transformação de rituais sagrados em espetáculos monetizados e à exposição excessiva nas redes. O que parece certo é que, num mundo onde likes e fé disputam atenção, essa discussão está longe de acabar – e casos como esse devem se multiplicar, forçando a sociedade a repensar os limites entre o sagrado e o midiático.