
Durante um congresso na cidade de Assu, Rio Grande do Norte, o Pastor Martin Alves, líder das Assembleias de Deus no estado, proibiu o movimento do reteté durante os cultos. Segundo ele, pulos, correr e saltar na presença de Deus estão fora da doutrina pentecostal clássica.
“Os crentes devem adorar a Deus somente com ‘Glórias e aleluias'”, afirmou o pastor. Essa não é a primeira vez que ele toma uma medida para manter a doutrina da Assembleia de Deus; ele já havia proibido os crentes de baterem palmas durante o culto.
No entanto, a fala do pastor não foi bem recebida no meio pentecostal. Muitas pessoas repudiaram o comentário, dizendo que ele estava querendo colocar uma “coleira” no Espírito Santo, e que as pessoas têm a liberdade para adorar a Jesus como quiserem.
“Está certíssimo”, disse Jansen Kildery, do quarteto Gileade, em apoio ao pastor. Já Aline Sizilio afirmou: “Algumas pessoas estão matando seus membros aos poucos”. Genessi Machado declarou: “Prefiro alguém correndo, com a vida do altar, batendo palmas, do que adulterando quietinho. Cada um manifesta a sua alegria”.
O posicionamento do Pastor Martin Alves vai contra o de outro líder pentecostal, o Pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, que já havia liberado o reteté dentro da Assembleia de Deus no Brasil. “Nós somos a Igreja do reteté, deixa os crentes pular, deixa correr”, disse ele durante uma AGO da CGADB.
A fala do Pastor Martin Alves também não foi bem recebida pelo próprio Pastor da Igreja em Assú, que declarou que os crentes têm liberdade para pular na presença do seu Senhor. O conflito gerado pela proibição do reteté nas Assembleias de Deus continua a ser um tema de debate entre os líderes e membros da igreja.