Voluntário de resgate de brasileira na Indonésia é aclamado como herói: Juliana Marins.

O alpinista Agam, que resgatou o corpo da brasileira Juliana Marins, de 28 anos, na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, é aclamado como herói por brasileiros. Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Agam recebeu uma enxurrada de elogios e agradecimentos por sua atuação no resgate.

“Herói”, “guerreiro”, “te amamos”, “forte” foram alguns dos comentários que o alpinista recebeu durante a live. Muitos pediram que fosse feita uma vaquinha para retribuir Agam por seu trabalho. “Como podemos ajudar financeiramente?” e “PEDEEEEEE A CONTA BANCÁRIA DELE PRA GENTE AJUDAR” foram alguns dos comentários.

No entanto, Agam recusou inicialmente passar sua conta bancária, dizendo que faz o trabalho de resgate “de coração”. No fim, ele acabou passando a conta e afirmou que vai dividir o dinheiro com colegas que participaram do resgate.

Durante a entrevista, Agam contou como foi a madrugada que passou no desfiladeiro aguardando amanhecer para que o corpo de Juliana pudesse ser içado. “Passamos a noite à beira de um penhasco de 590 metros com Juliana, usando âncoras para não descer mais 300 metros”, afirmou. “Estava muito, muito frio.”

Ele e outro guia, identificado como Tyo, foram voluntários na equipe de resgate. Eles são alpinistas experientes e guias no Monte Rinjani. Agam alcançou o ponto onde o corpo estava quando o dia já tinha escurecido. Então, ele passou a madrugada segurando a vítima no local para que o corpo dela não escorregasse mais.

No início, ao se voluntariar para o resgate, Agam declarou que só sairia do local quando Juliana também saísse. A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem esperança de que ela seja encontrada. Ela também criticou as autoridades da Indonésia por não agilizarem o processo de resgate.

Segundo Mariana, Juliana foi abandonada por seu guia durante uma hora, o que pode ter contribuído para a sua morte. “O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana”, disse Mariana.

O caso de Juliana Marins chama a atenção para a necessidade de melhoria no sistema de resgate no Monte Rinjani. De acordo com o Parque Nacional do Monte Rinjani, o local é conhecido por suas condições climáticas difíceis, o que pode dificultar os resgates.