Desde o ano de 1949, a China vem sendo controlada pelo Partido Comunista, o único que existe no país. Liberdades civis, o que inclui os direitos religiosos, são controlados pelo Estado, de modo que qualquer pessoa ou organização que tente ir contra os interesses do regime político-ideológico é tido como uma ameaça em potencial.
Na ilha de Hong Kong, contudo, é um território autônomo situado no sudeste da China. Embora seja também controlada pelo regime comunista, pelo motivo de ter sido uma colônia britânica bem no passado, a região tem mais flexibilidade no que se refere à liberdade da população.
É por este motivo que desde o ano de 2014, quando foi iniciada a “Revolução dos Guarda-Chuva”, os chineses da época, moradores da ilha, lutaram para revogar uma medida que foi proposta pelo Partido Comunista, a qual baseiava-se em extraditar possíveis “dissidentes” que habitam na região para a capital, Pequim. O objetivo do governo com tal medida era e é consguir controlar o avanço dos ideais democráticos que são dispersados cada vez mais em Hong Kong.
Como parte dos esforços que possui o intuito de defender os ideais democráticos, algumas igrejas e líderes cristãos têm se mobilizado a fim de capacitar os fiéis, com o intuito de que consigam resistir à perseguição político-ideológica na China. Um deles, inclusive, é o pasotr Patrick Chu, da Umbrella City Cyberchurch (UCC), em Hong Kong.
A igreja que tem um funcionamento baseado na internet, onde há somente alguns encontros presenciais por motivo de segurança, tomou forma em 2014, no ápice dos protestos. Criada por Common Chan e Lau Tsui-yuk, a teologia ensinada por eles enfatiza a conscientização envolvendo a vida política no país. Eles creem que o Evangelho de Cristo fala a respeito da liberdade de escolha, algo que é incompatível com o regime comunista.
Quando questionados se estariam desobedecendo o ensino de Romanos 13, a famosa passagem bíblica que afirma que toda autoridade na terra é dada por Deus e o povo de Deus tem que obedecer a essas autoridades terrenas, o pastor Chu declara que há diversos exemplos na Bíblia de autoridades que foram questionadas pelos homens de Deus.
O pastor tem ciência que toda autoridade que não acompanha os princípios bíblicos deve ser questionada, algo que não é uma realidade na China, por exemplo. “De fato, apolícia que representa a autoridade é a que está fazendo o mal e isso é irônico”, afirmou Chu. “Na fé cristã, todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.
