Defesa de Augusto Heleno pediu sigilo em laudo de Alzheimer

A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro, solicitou sigilo sobre o laudo médico que atesta seu diagnóstico de Alzheimer. O pedido foi registrado na audiência de custódia realizada na quarta-feira (26.nov.2025) e divulgada pelo STF na quinta (27.nov).

Advogados argumentaram que a medida é necessária para "preservar os dados de saúde" do militar. O documento com o diagnóstico permanece disponível no sistema do Supremo Tribunal Federal.

Detalhes da audiência

Durante a custódia, a juíza auxiliar registrou que Heleno confirmou possuir doenças e fazer uso de medicamentos, com documentação já juntada aos autos sob segredo de justiça. A defesa reforçou o pedido de sigilo com base no artigo 5º da Constituição Federal.

Contexto do processo

O exame médico inserido nos autos indica que Augusto Heleno tem Alzheimer desde 2018, diagnóstico já existente quando assumiu o cargo no governo Bolsonaro. A juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes não decidiu sobre o pedido, remetendo a questão ao relator.

Moraes determinou em 25 de novembro de 2025 o início do cumprimento das penas de Bolsonaro e seis aliados condenados por tentativa de golpe de Estado. O STF mantém até o momento as gravações das audiências de custódia sob restrição de acesso.