A indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal, anunciada pelo presidente Lula, revela os bastidores da articulação política com a bancada evangélica. O movimento liderado pelo bispo Samuel Ferreira, da AD Brás/Madureira, foi fundamental para o avanço do nome de Messias, que é evangélico e tem ligação com a Igreja Batista.
Articulação política
Samuel Ferreira esteve no Palácio do Planalto em outubro ao lado do pastor e deputado Cezinha de Madureira, em uma movimentação que demonstrou o peso político do segmento evangélico dentro do governo. Esse gesto abriu caminho para que Messias ampliasse seu apoio entre líderes religiosos.
A trajetória de aproximação com essa base se consolidou, reforçando a estratégia de diálogo do governo com as igrejas evangélicas.
Reação do indicado
Após a confirmação da indicação feita por Lula no Palácio da Alvorada, Messias divulgou uma nota agradecendo as orações e manifestações de apoio.
Estou honrado com a indicação e, caso seja aprovado pelo Senado, atuarei com dedicação, integridade e zelo institucional
Ele também reforçou seu compromisso com a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Com 45 anos e carreira consolidada no meio jurídico, Messias comanda a AGU desde o início do atual mandato.
A indicação agora segue para análise no Senado, enquanto a articulação evangélica permanece no radar político. O movimento é visto como parte da estratégia de Lula para ampliar o diálogo com esse público antes das eleições de 2026.