O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reuniu-se com líderes evangélicos no Palácio de Miraflores, em Caracas, em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos. O encontro foi transmitido pela televisão estatal VTV e apresentado como um ato de oração e união espiritual.
Participaram do evento a primeira-dama Cilia Flores e o deputado Nicolás Maduro Guerra. Durante a cerimônia, Maduro declarou que o palácio presidencial se tornaria um altar para glorificar a Deus e leu um manifesto proclamando Jesus Cristo como "senhor e dono da Venezuela".
Contexto político e religioso
O presidente venezuelano afirmou que se radicaliza na fé cristã, expressando confiança em que Deus protegerá o país. O regime destacou que a reunião enfatizou valores espirituais e liberdade religiosa.
Cenário internacional
A aproximação ocorre em um momento de forte pressão internacional, com os Estados Unidos mobilizando presença militar no Caribe desde agosto. As unidades incluem o porta-aviões USS Gerald Ford, em operação justificada como combate ao narcotráfico.
Caracas classifica a ação norte-americana como tentativa de mudança de regime. A estratégia de Maduro de buscar apoio entre evangélicos é vista como uma manobra de sobrevivência política diante das crescentes tensões.