Um vídeo do pastor Osiel Gomes, da Assembleia de Deus em Titirical (MA), circula nas redes sociais com críticas contundentes a líderes evangélicos que condenam a participação política nos púlpitos, mas mantêm fortes vínculos com estruturas de poder.
Na gravação, o religioso afirma que alguns dirigentes posam de defensores da pureza doutrinária ao proibir políticos no púlpito, enquanto recebem recursos do governo e mantêm parentes empregados em gabinetes.
O teu filho tem uma assessoria de deputado
disse Osiel, apontando contradições entre discurso e prática.
O pastor também menciona pastores que firmariam alianças com governadores e parlamentares para garantir benefícios pessoais, classificando a conduta como desvio grave dentro da obra. Em outro momento, critica o que chama de mercenarismo ministerial, citando líderes que só aceitam dirigir igrejas mediante salários elevados.
A declaração gerou debate nas redes sociais, com muitos internautas associando o discurso ao cenário recente da Assembleia de Deus em Alagoas. Há poucas semanas, o filho do presidente da AD Alagoas, Gunnar Nunes Nicácio, rompeu com o prefeito de Maceió e migrou para o PP, partido do deputado federal Arthur Lira.
O movimento político resultou na exoneração de cerca de 50 comissionados ligados à denominação, revelando que familiares de pastores ocupavam cargos estratégicos na prefeitura. De acordo com o jornalista Kléverson Levy, o acordo envolvendo Lira e Gunnar teria movimentado valores entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, com o montante final ainda sob apuração.
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