Pastor era pilar de esquema de extorsão do CV em Duque de Caxias
Cláudio Correia da Silva usava fachada religiosa para intermediar extorsões do Comando Vermelho a empresas da região industrial.
O pastor Cláudio Correia da Silva atuava como um dos pilares de um esquema de extorsão comandado pela facção criminosa Comando Vermelho na região industrial de Duque de Caxias, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A participação do religioso foi descoberta durante a Operação Refinaria Livre, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27/11) pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), em conjunto com a DRE–Baixada Fluminense e a 60ª DP.
Cláudio se apresentava às empresas alegando representar a comunidade e impunha regras que, na realidade, eram ordens do tráfico. As determinações partiam de Joab da Conceição Silva, chefe local do Comando Vermelho, e na ausência dele, o pastor tinha a palavra final.
O inquérito policial aponta que o religioso aplicava uma série de exigências criminosas, incluindo proibição de entrada de caminhões sob ameaça de incêndio, contratação forçada de pessoas ligadas ao tráfico, cobrança de taxas ilegais por proteção, interrupção de atividades produtivas e ameaças diretas a empresários e trabalhadores.
O pastor tinha liberdade para circular nas áreas controladas pela facção e funcionava como intermediário oficial entre o crime organizado e o parque empresarial da região. Ele conquistou a confiança de Joab e assumiu o papel de "pastor do tráfico", participando ativamente da estrutura criminosa.
Todo o discurso de defesa comunitária servia como fachada para um esquema sistemático de extorsão que vitimava o setor produtivo de Duque de Caxias.
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