O pastor Henrique Santini, conhecido como Profeta Santini e influenciador gospel com mais de 8 milhões de seguidores, é alvo de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro por suspeita de comandar esquema de oração paga e lavagem de dinheiro.
O caso foi revelado pela Operação Blasfêmia, que resultou na apreensão de celulares, chips, notebooks e no bloqueio de contas bancárias do líder religioso e de empresas associadas.
De acordo com o MPRJ, um call center clandestino cobrava até R$ 1.500 de fiéis por orações que prometiam milagres, curas e soluções financeiras. Atendentes utilizavam áudios gravados via WhatsApp para se passarem por Santini e convencer vítimas a realizarem transferências bancárias.
Foram denunciadas 23 pessoas, incluindo adolescentes, com vítimas em todo o Brasil. O esquema envolve crimes de estelionato espiritual, corrupção de menores e lavagem de dinheiro. Santini nega as acusações, alegando perseguição religiosa.
A defesa do pastor aguarda acesso total à denúncia e promete resposta no processo judicial. O caso reacende o debate sobre exploração financeira da fé e falta de regulação no ambiente gospel digital.