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Pastores se dividem após prisão de Bolsonaro e tornam debate político ainda mais explosivo entre evangélicos

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada pelo STF, acendeu um rastilho de pólvora no meio evangélico.

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado, em Brasília, gerou reações imediatas e intensas entre líderes e fiéis evangélicos, com posicionamentos públicos que evidenciam divisões no segmento.


Perfis de pastores, parlamentares e veículos de notícias utilizaram as redes sociais para manifestar apoio ou críticas à decisão judicial, transformando o Instagram em uma arena de disputa política e religiosa.


Entre as vozes mais ativas, o pastor Silas Malafaia classificou a prisão como "covardia" do Supremo Tribunal Federal e "cortina de fumaça" para desviar a atenção de outros escândalos. Em vídeos e publicações, ele reforçou a narrativa de perseguição política contra Bolsonaro e estimulou sua base a se manifestar.


Cenário inflamado


Vigílias e atos em apoio ao ex-presidente mostraram religiosos dividindo espaço com políticos, orando por sua libertação e denunciando suposta perseguição religiosa. Em um dos registros, um pastor que criticava Bolsonaro foi hostilizado e agredido fisicamente durante um evento de apoio, revelando a tensão mesmo entre cristãos.


Vozes moderadas


Em contraponto, lideranças e perfis cristãos com discurso mais moderado pediram calma e lembraram que a fé não deve ser reduzida a um lado político. Essas vozes alertaram para os riscos de transformar púlpitos e redes sociais em trincheiras ideológicas, o que poderia afastar fiéis e fragilizar a comunhão.


O episódio escancarou uma divisão interna no meio evangélico, entre quem defende veementemente Bolsonaro e ataca o STF e o ministro Alexandre de Moraes, e quem busca evitar a idolatria política e preservar o distanciamento crítico em relação a figuras partidárias.

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