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Rússia proíbe mais três igrejas batistas em nova onda de repressão religiosa

Justiça russa baniu congregações em Timashyovsk, Armavir e Tuapse, elevando para 10 o número de igrejas batistas proibidas desde 2024

A repressão religiosa na Rússia intensificou-se com a proibição de mais três igrejas batistas ligadas ao Conselho de Igrejas Batistas. As decisões judiciais atingiram congregações nas cidades de Timashyovsk, Armavir e Tuapse, na região de Krasnodar.


As igrejas, que historicamente se recusam a se registrar junto ao Estado, estão agora impedidas de realizar qualquer atividade religiosa sem aviso prévio às autoridades. Com essas novas proibições, chega a 10 o número de igrejas batistas banidas desde o início de 2024.


Processos e acusações


Os processos envolvem inspeções durante cultos, interrogatórios de pastores e denúncias de atividades não autorizadas. Em Timashyovsk, autoridades entraram no templo durante uma celebração e posteriormente solicitaram a suspensão das atividades da igreja.


Em Armavir, o pastor Vladimir Popov foi acusado de realizar reuniões ilegais e permitir a distribuição de jornais cristãos. Já em Tuapse, relatórios do FSB afirmaram que a congregação promovia cultos com menores e visitantes estrangeiros.


Contexto religioso


Embora a Rússia seja majoritariamente ortodoxa, o engajamento religioso é baixo e apenas 1,3% da população se identifica como protestante. A pressão sobre grupos não registrados cresceu após projetos de lei que tentam restringir cultos em casas.


As igrejas continuam se reunindo — muitas vezes em residências — apesar das ordens judiciais. Casos como o de Kurganinsk, onde um templo foi lacrado, e decisões mantidas pela Suprema Corte mostram que o cenário para cristãos não alinhados ao Estado segue cada vez mais hostil.

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