Crise institucional abala igreja no Rio
Uma assembleia extraordinária transformou-se em cenário de tensão na Assembleia de Deus de Bento Ribeiro (MIBE), no último sábado (15/11). O clima, que começou solene, rapidamente deu lugar à comoção quando a direção da igreja rejeitou todas as chapas opositoras e impôs uma chapa única com os pastores Emanuel da Silva e Wagner, dirigente da congregação de Nilópolis.
Cerca de 90% dos presentes, segundo relatos de participantes, manifestaram insatisfação com a medida e passaram a exigir votação aberta. Os ânimos se acirraram diante das acusações de desordem financeira e insatisfação com a administração do pastor Emanuel, que comanda a igreja há vários anos.
Vozes da congregação
Um membro antigo da igreja, que preferiu não se identificar, desabafou sobre a situação:
Estamos há meses questionando a falta de transparência nas contas. O povo de Deus merece saber para onde vai o dízimo e a oferta
Outra fiel, Maria das Graças, de 62 anos, comentou com emoção:
É doloroso ver nossa casa dividida. Queremos apenas que haja respeito pela vontade da maioria
Repercussão e próximos passos
Enquanto isso, a decisão da liderança gerou debate intenso nas redes sociais, com centenas de comentários divididos entre apoiadores da direção atual e defensores de mudanças. A tag #CriseNaIgreja tornou-se trending topic no Twitter no domingo seguinte ao ocorrido.
Diante do impasse, representantes dos fiéis insatisfeitos anunciaram que buscarão mediação judicial para garantir processo eleitoral democrático. A expectativa é que nas próximas semanas haja nova convocação para tentar resolver a crise que divide a comunidade religiosa.
O pastor Emanuel da Silva não se manifestou publicamente sobre os protestos, mas fontes próximas à liderança afirmam que há disposição para diálogo visando pacificar os ânimos e encontrar solução que atenda a todos os envolvidos nesta delicada situação.
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