Suicídio de homem é evitado pela guarda civil
Os Guardas Civis de Indaiatuba Leandro Barbosa, de 43 anos, e Brenon Ferreira da Silva, 22, em um ato de coragem evitaram o suicídio.
O de um homem de 46 anos, que tentou se jogar de uma passarela que liga o Distrito Industrial e o Jardim Morada do Sol, na rodovia Santos Dumont (SP-75). A ação coincidiu com o mês Setembro Amarelo, que teve uma campanha de conscientização sobre a prevenção de por suicídio.
“Ouvimos via rádio que na passarela da Rua João Perón com a Jacob Lyra tinha um rapaz. Ele estava em cima da grade de proteção tentando suicídio. Nesse momento, mandaram que uma viatura fosse ao local, mas como estávamos mais próximos avisei que iríamos. Quando chegamos, avistamos o homem lá em cima. No momento que paramos tinha uma pessoa que parou e começou a conversa, mas ele estava muito nervoso, ia pular mesmo”, contou Leandro.
Os guardas, da equipe da Ronda Ostensiva com Motos de Indaiatuba (ROMI), contaram como reverteram a situação. O homem estava depressivo por abandono familiar e desemprego.
Um abraço pode mudar a visão que se tem do mundo, principalmente que vem de onde menos se espera
“Ficamos com ele lá no hospital o tempo todo, abraçamos ele. Depois de ser medicado, fomos com ele até o Caps (Centro de Atenção Psicossocial). Ele disse que se arrependeu e agradeceu o que fizemos. No Caps, após ele dormir, a terapeuta ocupacional falou que dali para frente ela cuidaria dele”, conta. “O mais gratificante foi que ele se conscientizou e não quer fazer mais isso”, acrescenta o Guarda Civil.
“Eu perguntei se estava tudo bem e ele disse que não, que a vida dele estava ruim e que queria morrer. Neste momento falei que ele não morreria e que se ele pulasse eu pularia junto. Nisso, o Brenon me ajudou a subir e enquanto eu me aproximava. Ele foi chamar a atenção dele e não deixou ninguém se aproximar ou interferir na conversa. O Brenon falou que se ele pulasse eu iria pular junto porque eu era louco”, relembra.
Família ainda é o fator determinante
“Também tive que enfatizar que eu tenho família. Que se ele não pulasse não iria repercutir tanto, se ele se jogasse iriam falar que um guarda o deixou morrer. Ele iria acabar com a minha vida e a vida da minha família e do meu parceiro. Foi quando ele disse que queria morrer e não dar dor de cabeça para ninguém. Mas retruquei que ele já tinha dado porque estávamos lá. Foi neste psicológico que fomos chegando e conseguimos tirar ele da passarela”, afirma.