Comercialização de abusos de bebês é denunciada por Ministra Damares e choca o Brasil

O absurdo que se tornou o aproveitamento de crianças e bebês

 

Nos dias de hoje, mais especificamente dentro do contexto brasileiro, é possível visualizar como os crimes sexuais têm aumentado cada vez mais e mais. Embora não tão comentado pelos meios de comunicação, crimes de estupro envolvendo crianças é, infelizmente, uma realidade bem presente na nossa sociedade.

Se já não bastasse, muitos desses crimes têm sido não somente praticados, como também fotografados, filmados e comercializados pela internet. Para se ter uma noção, um vídeo de uma criança com cenas de abuso pode variar entre 1 e 2 mil reais. Se for com um bebê, o preço para ter acesso à visualização aumenta, ultrapassando até mesmo a faixa dos 50 mil reais. Esse tipo de conteúdo encontra, principalmente, em lugares como a deepweb. Inclusive, muitos bebês, vítimas do estupro, acabam não resistindo. É uma tremenda crueldade.

Damares Alves, atual ministra dos Direitos Humanos, da Mulher e da Família, foi a responsável por “levantar a poeira”. Ela tem demonstrado preocupação, uma vez que ninguém antes dela foi capaz de tomar uma atitude e divulgar essa informação. A ministra chegou a afirmar que, em razão dessa sua luta contra essa prática cada vez mais comum, tem sofrido diversas de  ameaças de morte. “Eu não tenho medo de morrer”, afirmou Damares.

Com a ajuda da Secretaria da Criança e do Adolescente, a Polícia Federal tem em muito avançado nas investigações. Segundo a ministra, houve um tempo onde a Polícia Federal prendeu um criminoso responsável por ter 56 vídeos de estupros de bebês, todos eles diferentes. Esse homem foi pego em Campo Grande (MS). Outro caso bastante polêmico ocorreu num motel da cidade de Manaus (AM), que foi quando um casal levou o seu filho para o local e, passado um tempo, uma mulher que trabalhava no motel identificou o choro de uma criança dentro de um dos cômodos, chamando imediatamente a polícia.

“Já vi imagens muito fortes. Tem uma cena em que depois que um homem abusa do bebê, ele ejacula no peito da mãe para que a criança possa mamar o esperma dele.” Isto é, a própria progenitora participando do abuso. Em novembro do ano passado, em Curitiba, uma bebê de somente oito dias foi estuprada, não resistindo ao abuso sofrido.

Damares ainda relata que existem fóruns de discussão na Deepweb com títulos como “Anal com Bebês, Bebês Gostosos.” Há também a relação de mensagens entre pais.

– Uma das mensagens que me impressionou muito foi de um pai falando para uma pessoa que a sua mulher estava grávida e que ela já estava fazendo planos. Ele diz o seguinte: “eu gostaria de saber quais os anestésicos e pomadas que eu posso usar, porque eu sei que a partir de seis meses, eu já posso fazer anal com ele”. Essa é a realidade do Brasil com nossas crianças. Nossa nação está doente – afirma Damares.

O Ministério da Saúde afirma que os casos de violência sexual no país chegaram ao total de 184.524 ocorrências entre 2011 e 2017, envolvendo mais de 58 mil contra crianças (31,5%) e 83 mil (45%) contra adolescentes. A maioria dos casos ocorreram dentro das casas das próprias vítimas.

Conforme dito o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), “em caso de suspeita ou confirmação de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, de qualquer tipo, incluindo a violência sexual” (abuso ou exploração sexual), sempre há necessidade do caso ser denunciado.

O maior canal de denúncias de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, nacionalmente falando, é o Disque Denúncia Nacional, ou Disque 100, comandado pela ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a Damares Alves.

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