O pastor Daniel Augusto Maddalena, da igreja evangélica Suprema Graça, disponibilizou sua assinatura para uma delação premiada com o (MPF) Ministério Público Federal e assumiu ter compartilhado a conta bancária da instituição religiosa com intuito de veicular acertos de propina a diretores do fundo de pensão Postalis, dos agentes dos Correios.
A delação teve o registro de assinatura com a Força-Tarefa Greenfield, do MPF, na capital federal em Brasília, e homologação feita pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.
O depoimento do religioso foi utilizado como comprovação em uma acusação movida pela Força-Tarefa Greenfield no dia 16 de julho, em oposição a 12 pessoas denunciadas por participarem de pagamentos de propina por volta de R$ 2,7 milhões no fundo de pensão Postalis, com intenção de ganhar aportes do fundo em empresas particulares.
A 10ª vara federal de Brasília recebeu a denúncia , no dia 01 de agosto.Em seu depoimento, Maddalena, declarou que houve recebimento da sua parte, através de proposta feita por uma pessoa chamada de Marcos Glikas, que foi indicado pelo MPF como líder de operações financeiras ligadas ao esquema da Postalis.
A conta bancária da igreja ficou recheada e chegou a receber R$ 715 mil reais como lavagem de dinheiro, de uma das empresas de Marcos, para efetuar a propina . Em negociação, o pastor Daniel, diz ter feito a retirada dos valores em dinheiro “vivo” e que entregou a uma determinada pessoa. Em troca a igreja ficava com 4% de todos os repasses negociados.
“Glikas fez uma proposta ao declarante como forma de arrecadar recursos; que essa proposta foi em junho de 2011, próximo ao lançamento da pedra fundamental (da igreja)”, detalhou Daniel em seu depoimento.
Outros pastores famosos, também já foram investigados por receber valores altos de oferta de terceiros no momento do ofertório ou após culto, No caso do Pastor Daniel não se tratava de doações para igreja e sim apenas o uso da conta para fazer os depósitos.
