Pastora é expulsa de igreja em Goiânia por usar saia curta durante pregação

Liderança religiosa determinou afastamento da pastora após considerar vestimenta inadequada durante culto. Caso reacende debate sobre padrões de vestuário em comunidades religiosas.

Pastora é expulsa de igreja em Goiânia por usar saia curta durante pregação

Uma pastora foi expulsa de sua igreja em Goiânia após usar uma saia considerada curta durante uma pregação. O incidente ocorreu na última quinta-feira (15) na Igreja Evangélica Renascer, localizada no Setor Bueno, e foi determinado pela liderança da congregação, que julgou a vestimenta inadequada para atividades litúrgicas.

Segundo relatos de fiéis presentes ao culto, a pastora Maria Silva, 38 anos, utilizava uma saia até o meio da coxa durante a pregação do culto noturno. A liderança teria interrompido o culto momentaneamente para solicitar que ela se retirasse e trocasse de roupa. Após recusar-se a atender o pedido, a pastora foi convocada para uma reunião disciplinar na manhã seguinte.

Em nota oficial, a direção da igreja afirmou que "todo ministro deve observar os princípios de modéstia e decência estabelecidos nos estatutos da denominação". O documento ainda reforça que "a aparência exterior deve refletir a santidade do ministério".

O caso dividiu opiniões entre os membros. Alguns apoiaram a decisão, citando passagens bíblicas sobre modéstia, enquanto outros criticaram o que chamaram de "legalismo excessivo". Um grupo de jovens da congregação organizou um abaixo-assinado pedindo a revisão da decisão.

A pastora Maria Silva exercia funções ministeriais há três anos na congregação, onde liderava o departamento de mulheres e era responsável por estudos bíblicos semanais. Fontes próximas afirmam que não havia registros anteriores de advertências sobre sua conduta ou vestimenta.

Especialistas em direito eclesiástico consultados pela reportagem explicam que igrejas têm autonomia para estabelecer seus próprios códigos de conduta, desde que não violem direitos constitucionais básicos. O caso reacende o debate sobre padrões de vestuário e gênero em comunidades religiosas brasileiras.

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