A Sinagoga Beth-El, foi projetada em 1929, pelo russo Samuel Roder, a convite de um grupo formado pelas famílias Klabin, Lafer, Segall e Feffer, a sinagoga é alvo atualmente de processo de tombamento pelo Conpresp(conselho municipal de preservação do patrimônio). E após 8 anos, ela finalmente vai ser reaberta, depois ter passar por uma enorme reforma, o custo da obra foi de cerca de R$ 30 milhões.
A Sinagoga reabrirá no primeiro semestre de 2020, como Museu Judaico de São Paulo na Rua Martinho Prado, na região central.
Roberta Sundfeld, a diretora executiva do museu, afirma que “a proposta do espaço é apresentar os costumes, a cultura, a religião e a história de judeus no Brasil para o público em geral. É para gerar empatia, conectar histórias, trabalhar preconceitos e estereótipos. Queremos transmitir um pouco da essência da cultura judaica.”.
O museu irá expor cerca de 2,5 mil objetos e documentários históricos. Ele irá misturar arquiteturas e antiguidades com tecnologias e painéis interativos. “A ideia é mostrar a presença do imigrante judeu no Brasil”, comenta a diretora.
A Botti Rubin Arquitetos foi a responsável pela ampliação do prédio, a qual foi até a Avenida Nove Julho, em um terreno cedido pela . A coautora do projeto Simoni Waldman Saigon, afirmou que o imóvel estava em “razoável estado de conservação”.
“Era mais uma conservação de leigo, foram pintando, impermeabilizando em cima, que são intervenções não condizentes com um bem cultural tombado e que tiveram de ser ajustadas para chegar a uma intervenção baseada em um projeto de restauro.”
A grande obra de arquitetura foi inspirada no estilo bizantino (da idade média), pouco comum em São Paulo e conhecido especialmente pela Basílica de Santa Sofia, de Istambul.
“Muitas sinagogas foram instaladas, em um primeiro momento, em casas adaptadas, como ocorreu inicialmente no Itaim (Bibi) e no Alto de Pinheiros. Hoje essas duas sinagogas estão em edificações modernas, construídas especialmente para essa finalidade”, disse Myriam aarquiteta.
