Homem que exibiu filme cristão na Índia é ameaçado de morte por hindus.

No estado de Bihar, na área de Kodaila que fica na vila de Jamalpur, na Índia, Immanuel Tirkey e aproximadamente 100 moradores estavam assistindo a um filme cristão quando um homem se pôs de pé na frente da tela e iniciou uma gritaria: “Quem é o operador aqui? Quem é o operador aqui?”.

Tirkey, que auxiliou na organização da exibição do filme “Ele voltará” na residência de uma cristã, no dia 23/08, se levantou e questionou sobre o motivo do fato.

“Ele estava sempre me pedindo para reduzir o volume”, disse Tirkey ao Morning Star News. “Eu disse a ele que se eu reduzisse mais, não seria audível para ninguém e que restavam apenas 10 minutos para o filme terminar”.

O homem tinha ido embora, só que enquanto as pessoas estavam recolhendo suas coisas para irem embora, cerca de  15hindus chegaram com varas de bambu, espadas e paus de madeira, de acordo com  Tirkey.

A família da mulher apressou Tirkey e os outros organizadores, da exibição do filme, que também eram cristãos, e trancou a casa.

“Era meia-noite, e logo uma multidão de 250 hindus de classe alta e raivosos apareceu com lathis [paus pesados amarrados a ferro] e barras de aço”.

Jogando pedras na casa da mulher, que a emprestou para passar o filme, e fazendo vandalismos em uma moto e uma van, entre outras coisas, conseguiram intimidar a família dela para entregar todos os cristãos para eles, relatou Tirkey.

“Eles gritavam com a família que diziam estar apoiando a conversão de hindus para uma fé estrangeira e que deveríamos ser mortos. ‘Solte-os para nós. Vamos ver o fim deles’, eles continuaram gritando. Nós não sabíamos o que fazer.”

A polícia foi chamada, só que os cristãos pediram para que não prendessem ninguém. Tirkey falou que os policiais disseram que eles tinham que ter conseguido uma permissão dos chefes da aldeia ou mesmo da própria polícia para poderem exibir o filme.

“Então perguntamos à polícia se existe alguma regra em que os hindus tenham permissão para todos os rituais de puja[ritual de adoração] e que realizam nesta vila – então por que é diferente para os cristãos?”, contou.

“Mais de uma hora depois que a polícia tentou acalmá-los, eles insistiram que pelo menos um de nós deveria ser entregue a eles, e só então eles deixariam os outros quatro saírem da vila”, mencionou Tirkey. “Eles exigiram que pelo menos um de nós fosse espancado até a morte para nos ensinar uma lição e que seria o fim do cristianismo na aldeia”.

“Dissemos a eles que viemos aqui apenas para passar algum tempo em oração e comunhão, para não prender ninguém e não colocar ninguém em apuros. Quando a polícia ameaçou a multidão de que eles seriam presos por emitir ameaças de morte e vandalizar os veículos, eles fugiram”, o revelou.