Nesta última terça-feira dia 17, o ex-vice-presidente da Odebrecht, Henrique Valladares, de 78 anos, foi encontrado morto, em sua casa no Rio de Janeiro. Um dos principais delatores da empreiteira na Lava Jato, a causa de sua morte não foi divulgada nem pela sua família nem por nenhum portal de notícias.
O executivo Valladares foi quem forneceu informações valiosas e mais variadas a Justiça, as quais envolviam oex-ministro e senador Edison Lobão (MDB), o deputado Aécio Neves (PSDB), e até alguns líderes indígenas e membros da CUT.
Valladares disse que Aécio Neves fez um depósito de 50 milhões em sua conta no exterior, as quais foram ligadas ao político. Ele ainda apontou que recebeu várias cobranças de dinheiro, por parte de Aécio e Edison Lobão. Edison Lobão foi ministro de Minas e Energia no governo Dilma, no momento em que Odebrecht facilitou a área de energia.
Ele ainda relatou que passou recursos para alguns representantes na Central Única dos Trabalhadores de Porto Velho (Rondônia), os quais trabalhavam no recinto. Ele contou que passava mensalmente R$ 2 mil e R$ 5 milreais para um cacique e um chefe da tribo Karitario.
Aécio está respondendo por obstrução da Justiça e corrupção passiva, como prova de seu delito o caso em que ele recebeu R$ 2 milhões de Joesley Batista.
“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred [primo de Aécio] com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c*****”.Disse Valladares em uma conversa em um hotel, onde Joesley perguntou a Aécio que iria receber o dinheiro.
No mesmo dia a Polícia Federal conseguiu registrar a entrega de quatro pacotes, cada um com 500 mil, para o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros.
