Judeus foram aconselhados a suspenderem o uso do quipá na Alemanha.

O objetivo seria reduzir os ataques antissemitas.

Os judeus residentes na Alemanha estão sendo orientados pelo governo a não fazerem mais o uso do quipá em ambientes públicos. O conselho foi transmitido por Felix Klein, que é comissário de antissemitismo do país. O objetivo da orientação é uma redução aos ataques que os judeus tem sofrido nos últimos dias.

“Não posso aconselhar aos judeus que usem o quipá em todos os lugares da Alemanha o tempo inteiro. Infelizmente preciso dizer isso”, disse Felix Klein, ao jornal “Die West”.

O quipá é uma peça religiosa de uso tradicional entre os homens judeus, o item é utilizado sob a cabeça como uma espécie de chapéu e além de fazer parte do dia a dia deles, serve também como um objeto de identificação.

Desta forma, com os crescentes ataques contra o povo judeu, o governo tem procurado formas de solucionar o impasse de maneira rápida. Sendo assim, a não utilização de objetos de identificação seriam um método alternativo para a resolução do problema.

Segundo afirmações do ministro das relações exteriores, Heiko Maas, esses números de intolerância estariam relacionados ao crescimento de imigrantes muçulmanos no país.

De 2015 pra cá, foram feitos mais de 1 milhão de pedidos de asilos na Alemanha. A maioria desses imigrantes eram oriundos da Síria e estavam fugindo da guerra.

“Muitas das pessoas que vieram para cá já tinham, desde cedo, introjetado clichês antissemitas”, afirmou Maas. Segundo ele, esse preconceito não se perdeu mesmo após a passagem pela fronteira.

Entretanto, mesmo com o quadro se agravando, ele mostrou bem diplomático com relação ao assunto e se colocou também preocupado quanto ao preconceito contra muçulmanos.

“Em uma Europa livre e tolerante, nós precisamos proteger de ofensas uma mulher cobrindo a cabeça tanto quanto um homem usando um quipá”, lembrou.

Contudo, vale lembrar vale lembrar a dívida histórica que Alemanha possui com os judeus após a segunda guerra mundial.

Segundo o jornal “Die Wlet” a população judia alemã também sofre preconceito da extrema direita do país. Com isso, cerca de 90% dos crimes vem de radicais de direita. quando são cometidos por muçulmanos, costumam vir daqueles que já moram a mais tempo na Alemanha.

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