Pastor é solto após ficar 20 dias preso por acusações de crimes sexuais em Goiânia

Davi Passamani deixa cadeia com uso de tornozeleira eletrônica após decisão da Justiça de Goiás


O pastor evangélico Davi Vieira Passamani, de 42 anos, deixou a prisão nesta segunda-feira (24) após ficar detido por cerca de 20 dias. Ele é investigado por supostos crimes sexuais contra fiéis da Igreja Casa, instituição religiosa da qual era fundador e líder em Goiânia.

A soltura de Passamani ocorreu após a Justiça de Goiás acatar um pedido de habeas corpus feito por sua defesa. O Tribunal de Justiça entendeu que não havia motivos para mantê-lo preso preventivamente durante as investigações.

Ao deixar o presídio, o pastor passou a usar tornozeleira eletrônica, aparentemente como medida cautelar imposta pela Justiça enquanto responde ao processo na condição de réu solto.

Denúncias de assédio sexual

Passamani foi preso preventivamente no dia 4 de abril pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia. Ele é alvo de denúncias de assédio sexual e importunação sexual envolvendo fiéis da Igreja Casa.

Uma das queixas que motivaram a prisão preventiva foi feita em dezembro de 2023. Uma mulher registrou boletim de ocorrência acusando o pastor de enviar mensagens com conteúdo sexual explícito e descrição de fantasias eróticas durante videochamada, chegando a se masturbar.

Acusações anteriores

Esta não foi a primeira vez que Davi Passamani enfrentou acusações de crimes sexuais. Em 2020, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) o denunciou por importunação sexual contra outra vítima, em caso de 2019 que acabou sendo arquivado na época.

Em março deste ano, antes de ser preso, o pastor foi condenado a pagar R$ 50 mil por danos morais em um processo de assédio sexual.

Renúncia da liderança religiosa

Diante das acusações mais recentes, Passamani renunciou aos cargos de presidente e líder religioso da Igreja Casa em dezembro de 2023. A instituição comunicou que ele “abençoou muitas pessoas” nos quase 7 anos à frente do ministério, mas iniciaria um “novo capítulo” sob nova liderança pastoral.

A defesa do pastor nega todas as acusações e alega que sua prisão seria uma “conspiração para destruir sua imagem”.

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