
A presença do pastor Leonardo Sales no evento “Julho da Renovação” da Assembleia de Deus Brás Itapevi, em São Paulo, gerou controvérsia entre líderes evangélicos e fiéis. O evento, que ocorrerá em julho, promete reunir centenas de pessoas, mas a escolha do pastor como um dos preletores foi vista como um sinal de flexibilização teológica ou negligência pastoral.
Leonardo Sales é conhecido por seu perfil midiático e declarações polêmicas, uso de linguagem inapropriada no púlpito e supostos “atos proféticos” que envolvem revelações detalhadas de nomes e situações pessoais de membros da plateia. Muitos críticos acreditam que essas revelações são resultado do uso de informações obtidas via aplicativos ou cadastros prévios, e não da ação do Espírito Santo.
Além disso, o pastor é conhecido por pedir ofertas elevadas, de até R$ 10 mil, com promessas de bênçãos financeiras ou restituições divinas. Essas práticas são amplamente rejeitadas por segmentos da igreja que prezam por uma teologia bíblica sólida e desaprovam o uso comercial da fé.
A notícia da presença de Leonardo Sales no evento gerou reações nas redes sociais, com muitos cristãos questionando a escolha do pastor. “Qual o critério para colocar alguém no altar?” e “Estamos trocando discernimento espiritual por engajamento digital?” são algumas das perguntas que estão sendo feitas.
A polêmica reacende um debate necessário no meio evangélico: até que ponto igrejas estão dispostas a preservar a reverência e a pureza da pregação bíblica diante de um cenário onde carisma e influência digital parecem pesar mais que caráter e doutrina?
A direção da Assembleia de Deus Brás Itapevi ainda não se pronunciou sobre as críticas. No entanto, a polêmica em torno da presença de Leonardo Sales no evento continua a gerar debate e discussão entre os fiéis.