Evangélicos chegam a 27,9% da população brasileira em 2025

Dados do IBGE mostram crescimento recorde de evangélicos no país, com 47,4 milhões de fiéis. Mudança religiosa impacta cultura e política nacional.

Evangélicos chegam a 27,9% da população brasileira em 2025

O Brasil atingiu em 2025 o maior número de evangélicos de sua história, com 47,4 milhões de fiéis, segundo projeções baseadas no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual da população que se declara evangélica chegou a 26,9%, representando um aumento de 4,68% em relação aos dados oficiais de 2022.


O crescimento reflete uma transformação significativa no cenário religioso do país, com impacto notável em comunidades urbanas e entre jovens. Segundo o IBGE, 244 municípios brasileiros já possuem maioria evangélica em sua população.


Mudanças locais e culturais


O fenômeno é mais expressivo entre jovens e nas periferias urbanas, onde os percentuais superam a média nacional. No bairro de Jardim das Flores, na zona leste de São Paulo, três novas igrejas evangélicas foram inauguradas apenas no último ano.

Isso mudou completamente a vida da comunidade. Antes tínhamos problemas com violência, hoje as famílias se reúnem nas igrejas

afirmou

Maria Silva

, moradora local.



A expansão evangélica se reflete na programação televisiva e em eventos culturais. Em setembro de 2025, a TV Globo iniciou uma série especial sobre cantores gospel no programa Fantástico. Simultaneamente, observa-se o surgimento de baladas e festivais gospel, além de templos com nova estética voltada para o público jovem.


Análise de especialistas


Especialistas em estudos religiosos projetam que a tendência de crescimento deve continuar nos próximos anos. O antropólogo Carlos Eduardo Gomes, da Universidade de São Paulo, comenta que o fenômeno vai além dos números.

Estamos diante de uma reconfiguração do campo religioso brasileiro. As igrejas evangélicas oferecem redes de apoio social que muitas vezes suplementam ou substituem serviços públicos

afirmou o pesquisador.



Nas redes sociais, o tema gerou mais de 50 mil menções apenas na última semana, com debates sobre a influência evangélica na política e na cultura popular.

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