O dito está dito: bastidores da conversa pragmática de Gleisi e Hugo Motta
Segundo aliado de Gleisi, ela apresentou três pedidos a Motta: a indicação de um relator para o projeto que pune devedores contumazes de impostos, a priorização
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, mantiveram reunião pragmática esta semana para tratar de prioridades legislativas do governo, sem reconciliação ou recuo nas críticas anteriores.
O encontro ocorreu após a indicação de Guilherme Derrite (Republicanos-SP) para relatar o PL Antifacção, principal proposta do Planalto na área de segurança pública, medida que havia sido criticada pela ministra.
Segundo aliado de Gleisi, ela apresentou três pedidos a Motta: indicação de relator para projeto que pune devedores contumazes de impostos, priorização da tramitação do texto sobre redução de isenções tributárias e votação da PEC da Segurança Pública.
O primeiro item foi atendido com a escolha do deputado Antonio Carlos Rodrigues (sem partido-SP), próximo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para relatar a proposta sobre sonegadores. A nomeação foi bem recebida pelo Planalto.
Em entrevista ao UOL, Gleisi Hoffmann deixou claro que não há proximidade pessoal ou trégua política.
"A relação é institucional, não é namoro nem amizade. O governo tem suas responsabilidades e o Congresso também", afirmou.
O gesto de Motta, portanto, não significa normalização das relações, mas um avanço pontual em meio às divergências entre o Executivo e o Legislativo.
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