O Padre Júlio Lancelotti afirmou, neste domingo (21), que as ações da Pastoral de Rua, responsável por atender pessoas em situação de rua, estão sendo vítimas de conspiração. A declaração ocorreu durante sua primeira missa dominical após ser proibido pela Arquidiocese de São Paulo de transmitir o rito na internet.
O religioso destacou que não sabe o que acontecerá nas próximas semanas, observando que enquanto alguns se unem para demonstrar fraternidade, outros se juntam para conspirar. Lancelotti enfatizou que a produção de pães na padaria mantida pela pastoral, uma das atividades sustentadas por doações, não recebe custeio do poder público ou de qualquer outra instância.
Apesar da proibição de utilizar suas redes sociais, a missa do Padre Júlio Lancelotti foi transmitida em live pelo Instagram pela Rede Jornalistas Livres. O religioso tem histórico de denúncias sobre supostos ataques de ódio dirigidos a seu trabalho pastoral.
"Eu não sei o que é que vai acontecer nas próximas semanas, porque, assim como nós nos juntamos para dizer que somos irmãos, muitos se juntam também para conspirar contra. Assim como nós nos juntamos para rezarmos juntos, outros se juntam para conspirar, para fazer formas de destilar o seu ódio"
A situação envolve tensões entre a atuação pastoral do religioso e determinações da Arquidiocese de São Paulo, com repercussão nas redes sociais e na mídia especializada em assuntos religiosos e sociais.