Paulo Vicenzo e Fábio Santos debatem: mídia evangélica informa ou manipula?
Criadores do 'No Entanto' e 'Eu Acredito' divergem sobre natureza da comunicação cristã. Paulo defende que toda informação é manipulação, enquanto Fábio afirma que é possível informar com verdade.
Debate entre Paulo Vicenzo, do canal No Entanto, e Fábio Santos, idealizador do Eu Acredito, expôs visões opostas sobre a natureza da mídia evangélica durante discussão mediada pelo canal TrendCast. O confronto girou em torno de uma questão central: a comunicação cristã deve informar ou manipular?
Visões antagônicas
Fábio Santos defendeu que a mídia evangélica deve seguir o exemplo de Cristo e informar sem manipular:
A mídia evangélica é para informar, até porque já se chama evangélica, que tem a proposta de ser uma mídia cristã, seguindo o exemplo de Cristo. E se fala de manipulação, não tem nada de Cristo
Em contrapartida,
Paulo Vicenzo
argumentou, com base na etimologia, que é impossível informar sem manipular:
Eu acredito que não tem como você informar sem manipular. Você pega a etimologia da palavra informação, ela quer dizer justamente isso, informare em do latim, em dar, dar forma
Exemplo bíblico e intenção
O embate se aprofundou com a citação do episódio bíblico da tentação de Jesus. Santos usou o exemplo para afirmar que Cristo informava, não manipulava. Vicenzo rebateu, alegando que mesmo na resposta de Jesus havia manipulação, porém com intenção positiva. Ele destacou:
Não há problema algum, gente, na manipulação. Todo meio de comunicação manipula. O problema não é a manipulação. O problema é a intenção
Santos manteve sua posição, alertando que manipulação geralmente carrega intenções negativas.
O debate evidenciou a complexidade e as divergências dentro da própria comunidade evangélica sobre os limites e a essência da comunicação religiosa na atualidade.
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