Prisão de Bolsonaro acelera definição de candidato da direita para 2026
Governador Tarcísio de Freitas nega candidatura presidencial, enquanto aliados buscam herdeiro político do ex-presidente condenado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o regime de prisão domiciliar e passou a cumprir pena em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A mudança foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e mantida por unanimidade pela Primeira Turma do STF.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar um plano golpista após as eleições de 2022. A decisão de mantê-lo preso ocorreu principalmente após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Desde 22 de novembro de 2025, ele está detido no complexo da PF na capital federal.
Com a prisão do ex-presidente, o cenário político da direita para as eleições de 2026 passa por intensa reconfiguração. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aparece como favorito em pesquisas, mas mantém postura ambígua sobre candidatura. Outros nomes cotados são o governador do Paraná, Ratinho Junior, e integrantes da família Bolsonaro.
O PL (Partido Liberal) definiu Flávio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro como únicos porta-vozes oficiais do ex-presidente. Flávio tem ganhado destaque como principal interlocutor político do clã, enquanto Michelle lidera o movimento PL Mulher pelo país.
O partido articula estratégias para 2026, com discussões internas sobre apoio e posicionamentos alinhados a Bolsonaro. A definição do candidato da direita deve ocorrer até março de 2026, sendo Flávio Bolsonaro um dos principais articuladores desse processo.
Analistas políticos avaliam que a condenação e prisão de Bolsonaro rearranjaram o tabuleiro eleitoral da direita, com incertezas sobre o futuro do campo conservador. O PL trabalha para manter a base unida enquanto busca uma candidatura viável para as eleições presidenciais.
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