Divórcios entre evangélicos atingem taxa de 33%, igualando-se à média da população geral, segundo dados do Barna Group. O fenômeno ganhou visibilidade com a separação de um pastor famoso e uma cantora gospel após mais de 20 anos de casamento, em junho de 2025, refletindo uma tendência que especialistas monitoram há uma década.
Casamentos entre evangélicos e não religiosos apresentam índices de divórcio ainda mais altos, entre 60% e 63%, devido a choques de valores e práticas espirituais distintas. O tema tornou-se pauta central nas igrejas, especialmente após a confirmação do processo de divórcio da pastora Renata Vieira.
Contexto e expansão das igrejas
As denominações evangélicas consolidaram-se como força social e política no Brasil, com influência crescente também em Portugal, conforme estudo da Exibir Gospel de junho de 2025. A expansão geográfica coincide com transformações comportamentais que desafiam tradições conservadoras, inclusive no âmbito conjugal.
O Barna Group constatou que 67% dos evangélicos adultos são casados, percentual estável, mas que mascara a complexidade da permanência dessas uniões. Pesquisas mostram que a taxa de divórcio entre evangélicos é similar à de outros grupos religiosos, contrariando a expectativa de que a fé seria um fator protetor.
Fatores e impactos
Especialistas apontam que diferenças religiosas, pressão por aparências e casos de violência doméstica contribuem para o aumento das separações. O pastor Aécio Motta questiona os motivos por trás do crescimento, enquanto lideranças religiosas manifestam preocupação com a erosão de valores familiares.
O UOL Notícias destacou que evangélicas vítimas de violência doméstica muitas vezes recebem orientação para "orar mais" em vez de apoio efetivo, agravando situações de vulnerabilidade. O divórcio de figuras públicas, como o caso noticiado pela Bnews em junho de 2025, ampliou o debate sobre como as igrejas devem acolher fiéis em rupturas conjugais.
Adaptação pastoral e futuro
Líderes religiosos enfrentam o desafio de revisar approaches tradicionais e desenvolver estratégias de acompanhamento conjugal. A pastoral familiar surge como área prioritária, com necessidade de investimento em formação e recursos para lidar com casais em crise.
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