Centro construído com doações vira alvo de polêmica
O Centro de Convenções da Assembleia de Deus em Belém do Pará tornou-se epicentro de uma controvérsia que divide fiéis após ser locado para um evento de outras culturas. Sob a liderança do pastor Samuel Câmara, o espaço foi alugado por R$ 2 milhões, valor que causou surpresa e desconforto entre a comunidade religiosa.
Milhares de membros demonstraram decepção ao descobrir que o local, construído com recursos da própria igreja através de doações e ofertas, seria utilizado para fins que consideram divergentes de sua vocação original. Muitos argumentam que o espaço deveria permanecer exclusivo para atividades de adoração cristã.
Reação nas redes sociais e manifestação pastoral
A repercussão foi imediata e intensa nas plataformas digitais. O pastor Philipe, uma das vozes que se manifestou sobre o caso, precisou restringir comentários em seu perfil devido ao volume de reações. Em publicação, ele afirmou: "Precisamos respeitar a santidade dos espaços dedicados a Deus".
"Doamos nosso suor e nossos recursos para construir aquele lugar pensando na obra de Deus, não em eventos seculares", desabafou Maria Silva, membro há 25 anos.
Outro fiel, João Santos, complementa: "É uma questão de princípio. Aquilo foi construído com o suor do povo de Deus para glorificar seu nome".
Contexto denominacional
A polêmica ganha contornos adicionais quando consideramos o contexto denominacional. A igreja envolvida na gestão do centro não mantém mais vínculo com a Convenção centenária COMIEADEPA, presidida pelo pastor Océlio Nauar.
Essa separação administrativa, ocorrida anteriormente, agora ressurge no debate público como um elemento que pode influenciar as decisões sobre o uso do espaço.
Desdobramentos e diálogo comunitário
Enquanto a discussão se amplia, líderes religiosos locais buscam mediar o diálogo entre as partes. Alguns defendem que o aluguel poderia ser reinvestido em obras sociais, enquanto outros mantêm a posição de que certos espaços devem permanecer intocáveis para fins não religiosos.
A declaração gerou debate nas redes sociais, com milhares de comentários divididos entre compreensão da necessidade de recursos e defesa intransigente da natureza sagrada do local. O caso continua em discussão, refletindo tensões mais amplas sobre modernização versus tradição no meio evangélico.
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