Silas Malafaia anuncia exclusão de membros divorciados da ADVEC

Pastor impõe regras rigorosas sobre divórcio baseado em interpretação bíblica, permitindo apenas casos de infidelidade conjugal.

Silas Malafaia anuncia exclusão de membros divorciados da ADVEC

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), anunciou que membros que se divorciarem por motivos não relacionados a infidelidade e se casarem novamente serão excluídos do rol de membros da igreja. A medida, baseada em interpretação rigorosa de textos bíblicos, foi comunicada durante culto recente e gerou debate no meio evangélico.


A decisão representa um endurecimento na postura da denominação em relação ao divórcio, com Malafaia citando especificamente o evangelho de Mateus, capítulo 19, para justificar a medida. O pastor afirmou que a prioridade é a fidelidade à Palavra de Deus, mesmo que isso implique perda de membros.


Bases doutrinárias


A posição adotada por Malafaia tem respaldo em passagens bíblicas como Malaquias 2:16, que afirma que Deus "odeia o divórcio", e Mateus 19, que trata da indissolubilidade do casamento. A ADVEC, como denominação pentecostal, tradicionalmente mantém posições conservadoras em questões morais e familiares.


Historicamente, igrejas evangélicas variam em suas interpretações sobre o tema, com algumas sendo mais restritivas e outras mais permissivas. A nova política da ADVEC especifica consequências administrativas claras para casos que não se enquadrem na exceção da infidelidade conjugal.


Repercussão e contexto


A medida gerou reações diversas no meio evangélico, com setores conservadores apoiando a rigidez doutrinária e vozes progressistas questionando sua adequação às complexidades das relações contemporâneas. O debate extrapolou a denominação, envolvendo líderes como Jabes Alencar, que pediu posicionamento de Edir Macedo sobre o tema.


O anúncio ocorre em um contexto de intensa atuação pública de Malafaia, que recentemente criticou o uso da bandeira dos EUA em atos pró-Bolsonaro e gerou polêmica ao usar inteligência artificial para retratar o presidente Lula e a primeira-dama Janja. O pastor também se envolveu em controvérsias com outras figuras religiosas, como Miguel Oliveira.


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