Gilmar Mendes une Senado contra decisão sobre impeachment

Ministro do STF enfrenta reação de parlamentares após medida que restringe pedidos de impeachment contra magistrados da Corte.

Gilmar Mendes une Senado contra decisão sobre impeachment

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes provocou reação unânime no Senado com sua decisão monocrática que restringe pedidos de impeachment contra ministros da Corte. A medida, que transfere ao procurador-geral da República a competência para iniciar esse tipo de processo, foi criticada por parlamentares de todos os espectros políticos.


Segundo análise da GloboNews, a avaliação entre senadores é que Gilmar Mendes conseguiu unir direita, esquerda e centro contra sua posição. Até aliados do ministro admitiram que ele exagerou na decisão.


Desdobramentos políticos


Um dos efeitos imediatos será a pressão de senadores sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para que coloque em tramitação a PEC que limita decisões monocráticas do STF.


Por outro lado, ministros aliados de Gilmar avaliam que a polêmica pode forçar o Congresso a atualizar a Lei de Impeachment, de 1950. Eles argumentam que isso poderia tornar mais apertado o quórum no Senado para abertura de processos contra magistrados.


Mudança no quórum


Em sua decisão liminar, Gilmar Mendes elevou a exigência de maioria simples para dois terços da Casa, equivalentes a 54 votos de senadores. O ministro é integrante do STF desde 2002, nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, e é conhecido por decisões que frequentemente geram debates no meio jurídico e político.




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